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GATE HOUSE_2018

dis_po_sal_matter

i.e; conferir outra disposição à matéria encontrada
i.e; pôr o sal na matéria
i.e; utilização noutro tempo e função de matéria encontrada sob a forma de objectos


A matéria é na sua definição algo que, através do seu corpo, do espaço que ocupa, do peso próprio que possui, interfere com os nossos sentidos e percepções corporais. Identificado o grande impacto corporal que a matéria provoca na percepção e nos sentidos, procurámos redescobrir o modo de utilizar a matéria encontrada, conformada nos objectos existentes in situ.

Entrámos na fase das questões; O que será possível fazer à matéria existente? O que será possível fazer com estes objectos? Qual deverá ser a futura função a atribuir a estes objectos? Como fará mais sentido a 
re-utilização destes objectos? Quais as condicionantes que o programa e a função determinam?
Com um programa em que se impunha a necessidade de observação e a transparência adquiria fundamental relevância como premissa de projecto. Cumulativamente à vontade de utilização do conjunto de objectos encontrados, à circunstância do sítio, em que a paisagem expressava um profundo antagonismo entre construído e natureza. Formulámos uma equação em que a ideia de projecto radicava nestas diferentes premissas, pensamos que o projecto deveria re-dispor, re-organizar e re-geometrizar a relação entre objectos encontrados.

Das conversas com um amigo, recordo as imagens de culinária para ilustrar com clareza as ideias de Arquitectura. Poderemos afirmar que os ingredientes estavam todos dispostos sobre a mesa de trabalho. 


6 – Vigas de B.A. pré-esforçadas (matéria em objectos encontrados)
2612 – Perfis Metálicos em LSF – desenho ómega (matéria em objectos encontrados)
2 – Pórticos de B.A. vertido in situ
304 m2 – Vidro
Sal q.b.


Desenvolvemos um projecto em 4 etapas que permitissem construir e identificar cada um dos ingredientes do projecto. Assim, sequencialmente teríamos, pórticos de B.A. vertido in situ, Vigas de B.A. Pré-Esforçadas, Perfis Metálicos – desenho Ómega, Vidro e Sal. 
Projecto que pretende reflectir sobre o modo de apropriação de matéria em objectos encontrados, a sua participação na Arquitectura e em reflecções mais transversais. Ideia que naturalmente pretende responder a um conjunto de desafios da contemporaneidade, re-posicionando com um novo uso os objetos encontrados, conferindo-lhes outra função e utilidade.

 

 

 

ficha técnica

autor_ Paulo Henrique Durão colaboração_ Inês Belmarço, Inês Oliveira, João Ricardo Dias, Marta Santos, Teresa Sanches Baena cliente_ renova  projecto_ 2015 construção_ 2018 fotografia_ Javier Callejas Architecture Photography localização_ Saint Yorre, Vichy, France. 

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